"CRUCIALIDADE DOS DIREITOS HUMANOS", texto de opinião do aluno António Brito

Numa altura em que ainda são tão frequentes as violações de alguns direitos humanos fundamentais, é pertinente a reflexão sobre os mesmos. Assim fez o aluno António Brito, na redação de um texto de opinião no teste de Português de 11.º ano.

Recomendamos a todos a leitura!

CRUCIALIDADE DOS DIREITOS HUMANOS 

Os direitos humanos são algo deveras importante para o nosso quotidiano, uma vez que são os maiores protetores das nossas liberdades, visando sempre a máxima aproveitação humana. No entanto, e tristemente, apesar de quase todos os países terem acordado, alguns recusam-se à sua obtemperação, deturpando o seu significado para benefício das camadas mais poderosas. 

Primeiramente, creio na essencialidade da existência de leis morais universais, o que apenas pode ser conferido pela aceitação, universal também, dos direitos humanos, e, aqui, recai a sua elevada importância. Comummente, um dos maiores alvos de objurgatória aos direitos humanos é o facto de estes irem contra as tradições culturais, fortemente enraizadas. Um exemplo disso é a etnia cigana que nega o direito da educação às mulheres, a partir de uma certa idade de desenvolvimento. Contudo, esta subjugação do sexo feminino, apenas por questões culturais, é totalmente atroz, no meu ponto de vista, e, assim sendo, o direito à educação deve prevalecer. Deste modo, um documento onde todos acordem o direito geral à educação permite a não concretização de injustiças, como a anteriormente referida. 

Seguidamente, a minha doutrina referente à essencialidade da existência dos direitos humanos é reforçada pela necessidade de minimização da exploração de seres humanos, quer exploração insuficientemente remunerada, quer exploração não remunerada por completo. E contra este último facto vão também vários autores de renome, nomeadamente Luís de Camões que n´Os Lusíadas reflete sobre a exploração desmedida do «pobre povo», bem como padre António Vieira que exprobra constantemente a escravatura. 

Para concluir, o enaltecimento dos direitos humanos é crucial, face a todas as injustiças presentes no nosso quotidiano. Considero notável a evolução dos direitos e das liberdades do Homem. Porém, estamos ainda longe de atingir a utopia, a perfeição e, talvez, face a toda a ganância e cobiça nutridas pela sociedade, nunca estaremos aptos para lá chegar. 

António Brito, 11ºA nº2